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Bio-MedTech Hub e impacto socioeconómico do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Braga 2014-2026 em destaque no Fórum Económico de Braga
Bio-MedTech Hub e impacto socioeconómico do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Braga 2014-2026 em destaque no Fórum Económico de Braga
Decorreu esta quarta-feira, 25 de junho, mais uma reunião do Conselho Estratégico da InvestBraga e da Cimeira de Embaixadores Empresariais de Braga, momentos de reflexão estratégica sobre o desenvolvimento económico do concelho e o futuro do ecossistema empresarial e urbano bracarense.
As duas sessões foram momentos ricos de reflexão, tendo sido um dos destaques a apresentação, pela EY Parthenon, das conclusões do estudo de avaliação do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Braga 2014-2026 (PEDE) e da atração de Investimento neste período, documento que permitiu sistematizar o impacto das políticas públicas municipais na última década. O estudo, desenhado com a colaboração da InvestBraga e o envolvimento do setor empresarial de Braga, confirmou a profunda transformação do concelho desde 2014, destacando a capacidade de Braga se afirmar como uma cidade mais inovadora, dinâmica, culturalmente valorizada e internacionalmente atrativa.
O estudo revela um ecossistema empresarial robusto e em crescimento, alicerçado num forte capital humano, numa academia dinâmica e numa cultura de inovação. O estudo sublinha o impacto de Braga não só no contexto local, mas também no panorama nacional, apontando para uma maturidade que permite encarar o futuro com ambição. A palavra de ordem será “escalar”.
“O PEDE foi uma ferramenta transformadora que nos permitiu estruturar o crescimento de Braga com visão estratégica e compromisso coletivo. Os resultados falam por si: hoje temos uma cidade mais competitiva, atrativa e preparada para os desafios do futuro”, afirmou Ricardo Rio, Presidente da InvestBraga e da Câmara Municipal de Braga.
De olhos postos no futuro, tanto os Conselheiros como os Embaixadores Empresariais de Braga destacaram a necessidade de reforçar as infraestruturas de investigação e desenvolvimento, a continuidade no planeamento urbano atrativo para investimento direto estrangeiro, o fortalecimento das redes de cooperação internacional e a aposta na qualidade de vida como fator de diferenciação.
Com 85% das ações do PEDE Braga 2014-2026 já concretizadas, os membros do Conselho Estratégico consideram que é tempo de reinventar este plano, mantendo o seu caráter pioneiro e a visão estratégica, que deve ultrapassar os ciclos políticos, de forma a reforçar a importância da marca Braga, enquanto dinamizadora da economia nacional. A habitação, a mobilidade, a retenção de talento e a cooperação empresarial surgem como eixos prioritários para garantir a sustentabilidade do crescimento.
Já na Cimeira, os embaixadores empresariais foram unânimes ao notar a necessidade de dar continuidade ao modelo de diálogo direto entre o Município e as empresas do concelho. Na perspetiva dos mesmos, Braga deve continuar a ser uma cidade ousada, atenta às pessoas, promotora de uma cultura sofisticada e preparada para os desafios do futuro.
Foi ainda apresentado o Bio MedTech Hub, uma nova infraestrutura tecnológica promovida pela InvestBraga, em particular pela sua área de missão Startup Braga, candidata ao programa NORTE 2030. Com 4.500m², este Hub visa afirmar-se como plataforma de investigação aplicada, incubação de startups e valorização da propriedade intelectual, com o apoio de um sólido consórcio de parceiros institucionais e empresariais.
“O Biomed Tech Hub representa o futuro da inovação em Braga. Será uma infraestrutura de excelência, que alia ciência, tecnologia e talento, capaz de atrair empresas, investigadores e investidores para um setor estratégico de alto valor acrescentado. É um projeto âncora da nova geração de desenvolvimento económico da cidade”, destacou Carlos Silva, Administrador Executivo da InvestBraga.
Fórum Económico reforça papel estratégico de Braga nas Ciências da Vida e na inovação empresarial
Já da parte da tarde, o grande destaque do Fórum Económico de Braga foi o BioMedTech Hub. Este projeto, que se assume como um equipamento transformador para a cidade e para a região, é liderado pela InvestBraga, através da Startup Braga, e terá um investimento de 6,1 milhões de euros — 65% financiado por fundos comunitários e 35% pelo Município. O centro será instalado junto ao Fórum Braga, com arranque de obras previsto para 2026 e início de operação em 2028.
“Com mais de 4.500 m² distribuídos por três pisos, este será um espaço preparado para o apoio à investigação e desenvolvimento e à experimentação tecnológica, possibilitando a incubação, aceleração e scale-up de startups tecnológicas nesta área de enorme potencial”, destacou Ricardo Rio, sublinhando ainda o papel do equipamento na formação avançada e na valorização de conhecimento.
O projeto reúne parceiros estratégicos como a Universidade do Minho, o INL, o IPCA, o CCG/ZGDV, o Centro Clínico Académico de Braga, a P-BIO e empresas como a SilicoLife, PeekMed e F3M.
Durante este Fórum, o presidente da InvestBraga apresentou também os resultados do crescimento económico da cidade nos últimos 12 anos, reforçando a ideia de que Braga se consolidou no top 3 dos concelhos mais exportadores do país, com mais de 3 mil milhões de euros em exportações em 2024, o que representa 3,81% das exportações nacionais. De 2013 a 2024, o crescimento das exportações no concelho foi de 289%.
Tendo-se destacado ainda que, Desde 2014, a InvestBraga apoiou já 1198 projetos empresariais (375 de origem internacional). As grandes empresas de Braga, multinacionais e tecnológicas aqui localizadas têm criado um elevado valor e milhares de postos de trabalho qualificados.
Foi ainda sublinhado o forte desempenho da Startup Braga, com uma comunidade de 275 startups e um total de mais de 491 milhões de euros em investimento angariado, reforçando o posicionamento da cidade como polo europeu de inovação tecnológica.
O Fórum contou com um painel de debate sobre “A Inovação nas Empresas e no Desenvolvimento Económico do Território”, com representantes do IAPMEI, AICEP, IEFP, COTEC e Solfarcos, e moderação da CIM Cávado e ainda com a apresentação do estudo sobre o PEDE.