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PwC e InvestBraga analisam impactos das novas medidas fiscais do Orçamento do Estado
Esta manhã, o Pequeno Auditório do Forum Braga foi palco de uma conferência promovida pela PwC, em parceria com a InvestBraga, dedicada ao estudo das medidas fiscais incluídas no Orçamento do Estado para 2025. A sessão contou com uma plateia composta por empresários, responsáveis financeiros e contabilistas, todos interessados em compreender as implicações das alterações fiscais nas suas organizações.
Carlos Silva, administrador executivo da InvestBraga, na abertura da conferência, destacou a importância da colaboração entre entidades para apoiar o tecido empresarial local. Afirmou ainda que o Orçamento do Estado de 2025 trará alterações significativas que as empresas terão de considerar no planeamento das suas atividades, nomeadamente ao nível das contribuições, benefícios e incentivos fiscais, assim como no plano laboral.
Durante o evento, especialistas da PwC abordaram os principais aspetos do Orçamento do Estado. Bruno Alves iniciou a apresentação destacando as novidades em sede de IRS, nomeadamente a atualização dos limites dos escalões em 4,6%, acima da inflação prevista, bem como o alargamento do regime fiscal do IRS Jovem, que passará a abranger trabalhadores até aos 35 anos, independentemente de terem concluído um ciclo de estudos. Foi ainda destacada a introdução de novas regras de isenção para prémios de produtividade e lucros, que visam incentivar a performance empresarial.
Francisco Ancêde, também da PwC, prosseguiu a conferência com uma análise às alterações em sede de IRC, salientando a redução da taxa normal de IRC de 21% para 20% e a descida da taxa para PME e Small Mid Cap de 17% para 16% nos primeiros 50.000 euros de matéria coletável. Além disso, mencionou a majoração dos encargos com aumentos salariais em 200%, desde que se verifiquem condições mínimas de valorização salarial, e a prorrogação do regime de apoio à produção agrícola até ao final de 2025.
Na intervenção de Hugo Salgueirinho Maia, foram exploradas as mudanças em matéria de impostos indiretos, incluindo a manutenção da taxa reduzida de IVA para certos produtos e serviços, bem como a introdução de novas regras sobre o imposto sobre veículos (ISV) e o imposto único de circulação (IUC), com impacto nas empresas do setor automóvel. Também foi anunciada a prorrogação da aceitação de faturas em PDF como documentos legais até ao final de 2025.
Levi França Machado encerrou a conferência com uma apresentação sobre as tendências no plano laboral para 2025, incluindo as alterações esperadas no Fundo de Compensação do Trabalho e a nova Diretiva de Transparência Salarial, que irá impor às empresas a obrigação de rever políticas de remuneração e reportar disparidades salariais. Segundo o especialista, estas alterações irão obrigar as empresas a adaptarem os seus processos internos de gestão de recursos humanos, promovendo maior transparência e equidade no ambiente de trabalho.
Este evento foi uma oportunidade para os presentes esclarecerem dúvidas sobre o impacto das novas medidas fiscais, contribuindo para um maior conhecimento e preparação das empresas da região face aos desafios de 2025.